É destinado aos profissionais de saúde, estudantes de residência, graduandos e pós- graduandos nas áreas da saúde e ciências humanas.
Com carga horária de 12 horas, o curso propõe apresentar e introduzir conceitos caros à Antropologia, a exemplo das noções de cultura e natureza. Também recebem destaque no conteúdo programático do curso as trajetórias das ciências e da medicina a partir do século XIX; debates em torno da Antropologia da Saúde e suas interfaces com a Saúde Coletiva; análises críticas a respeito de políticas públicas de saúde no Brasil, trazendo à tona questões elementares da relação entre saúde da população indígena, da população negra e dos estudos críticos de branquitude.
Algumas perguntas que orientam o curso e serão abordadas durante a formação:
- · Quais as formas possíveis para conceber doença, saúde e práticas de cura considerando a diversidade cultural no Brasil?
- · Como podemos considerar o corpo enquanto unidade básica para a sociabilidade, assim como um construto cultural?
- · Em que medida as origens da medicina e da antropologia brasileiras se entrecruzam?
- · Como se dão as relações fundamentais entre cultura e saúde?
- · Como refletir sobre as contribuições e impasses do conceito de relativismo cultural e dos estudos sobre alteridade, identidade e diversidade?
- · De que forma esses conceitos podem tornar-se férteis para manutenção de diversidades de práticas de cura, formas de enxergar a doença e a saúde?
- · De que forma, as dimensões de etnia e raça definem os padrões de viver e se relacionar com a saúde e a doença?
“Será grandioso poder contar com a participação de profissionais e estudantes de áreas diversas, e poder refletir coletivamente sobre temáticas tão importantes dentro das ciências da saúde e das ciências sociais e humanas”, declaram as facilitadoras, Flávia Vieira e Cecília Godoi. Os participantes recebem declaração de participação.
PROGRAMAÇÃO RESUMIDA DO CURSO
No primeiro momento do curso, vamos produzir reflexões sobre trabalhos clássicos na abordagem de saúde/doença no campo da Antropologia. No segundo momento, iremos aprofundar nossas reflexões a partir da análise de políticas públicas de saúde que se direcionam para determinados grupos etnicorraciais no Brasil.
Durante todo o curso, teremos como referências: dados etnográficos, artigos e livros científicos, conceitos-chaves e fatos sociais relevantes em torno dos temas em debate. Finalizaremos o curso com um momento de compartilhamento e reflexão coletiva sobre os saberes apreendidos e as possíveis contribuições do conteúdo trabalhado para as pesquisas e formações em saúde, assim como para as práticas dos profissionais de saúde em seus locais de trabalho e serviços prestados em clínicas, laboratórios e espaços terapêuticos.
PÚBLICO ALVO:
Profissionais, estudantes e pesquisadoras(os) do campo da saúde e das ciências sociais e humanas que queiram se aproximar de um olhar antropológico tanto para as dimensões socioculturais das noções de saúde, doença e cura, como também, para as políticas públicas de saúde voltadas para determinados grupos etnicorraciais no Brasil.
FACILITADORAS
• Flávia Vieira é bacharela em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), possui graduação em Sociologia pela Universidade de Hamburgo (Alemanha) e mestrado em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE. Trabalhou como consultora na área de ciências sociais no Projeto de Telessaúde para Saúde Indígena executado pelo Núcleo de Telessaúde de Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (NTES-IMIP). Atualmente é pesquisadora-colaboradora do Laboratório de Estudos Sobre Ação Coletiva e Cultura da Universidade de Pernambuco (LACC/UPE) e está cursando Especialização em Saúde Coletiva (ênfase em Saúde da Família) pela Faculdade IDE, na cidade de Recife. Em seu campo de pesquisa estão: diálogos entre antropologia e saúde coletiva/pública; saúde dos povos indígenas no Brasil; relações entre biomedicina e medicinas indígenas.
• Cecília Godoi é bacharela em Ciências Sociais (UFPE) e mestra em Educação (UFRPE & FUNDAJ). Estudou a prática da doulagem na Escola de Parteria e Doulagem C.A.I.S do Parto e da Capoeira Angola no Centro de Capoeira Luz Di Angola. Atualmente, integra o grupo de estudos em dança e corpos em diáspora Ijó Agotimé no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro, é sócia na Métà Elegbara – Conteúdos Culturais e Projetos, onde trabalha com escrita, execução e consultoria. Em seu campo de pesquisa estão as relações etnicorraciais no Brasil; interseccionalidade; ressignificação do corpo negro em diáspora; a relação entre violência obstétrica e racismo estrutural; antropologia do corpo, da saúde.
SERVIÇO
DATA: 23 e 24 de novembro de 2019
HORÁRIO: 9h às 17h (sábado)
LOCAL: Espaço Gerar – R. Jorge de Albuquerque, 103 – Casa Forte – Recife
INVESTIMENTO
- · Oferecemos condições de pagamento e valores diferenciados. Por favor, consulte nossa tabela de preços e categorias de inscrição.
- · Aceitamos apenas pagamentos por transferência e/ou depósito bancário.
- · Todos os pagamentos poderão ser feitos em até 2 vezes. A primeira parcela deverá ser paga no ato da inscrição e a segunda parcela até o dia 22/11.
• Conta para depósito:
Banco: Banco do Brasil
Nome: Flávia Maria Martins Vieira
Agência: 1245-9
Conta Poupança: 48456-3 (variação 51)
INSCRIÇÕES PELO E-MAIL:
curso.antropologia.saude@gmail.com
MAIS INFORMAÇÕES:
Cecília Godoi (87) 99253-1631 (WhatsApp) | (81) 99851-3757 (Telefone)
Flávia Vieira (81) 98646-4547 (Telefone e WhatsApp)
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