
E assim caminha, inquerida no agora, a humanidade ... convidada a olhar para dentro através do que acontece lá fora.
A vida do mundo todo sobre a responsabilidade do seu infinito particular causando desconfortos no amargo da dor que chega a ser de todos, mesmo sendo só sua.
Ah! Insensato distinto que nos concede a prioridade em escolher o que realmente importa: se a vida ou sua forma de ser.
Se me deixo levar, me torno um barco a deriva ansiando por um cais de chegadas ou de partidas.
Se me coloco a conduzir, sigo por mares desconhecidos tão pouco oportunos capazes de afogar todos os meus devaneios de marujo inexperiente.
Bem faz o vento na sua trajetória em percorrer todos os cantos, as vezes como brisa, as vezes como ventania mas sabedor da sua condição etérea .
O Ser humano não se sabe e talvez por isso se coloque contrariado em sua função de aprendiz que diante de um outro ser que abate a humanidade não consegue se curvar a fim de tornar-se minúsculo e escapulir enfrentado. É certo! Mas reconhecendo a nobreza que lhe é imputada mesmo sendo invisivel no combate.
O mundo todo a espera de uma reconciliação... Será que como vento é possível tocar em todos os cantos? Será que se misturando nossas dores e temores nós encontramos? E se for essa mistura o nosso verdadeiro receio? ... Sigamos na nossa peste interior.
21/04 - Outono, 2020.