segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Carolina Seabra - parceira em destaque

O Gerar apresenta a parceira Carolina Seabra, psicóloga Clínica, reikiana, educadora social, contadora de histórias, e concluinte da Formação Internacional em Constelação Familiar e pós-graduação em Arteterapia e Linguagens Corporais. Fora da Clínica, Carolina já trabalhou como Educadora Social com grupos de Jovens em Ongs como o Canal Capibaribe e a Casa Menina Mulher. Trabalha desde 2008 com Saúde Mental na Prefeitura do Recife, atuando na Reabilitação Psicossocial de ex-internos de hospitais psiquiátricos.

Como você se atraiu pela Psicologia? O que te encanta nesta profissão?

Me interessei em estudar Psicologia ainda na adolescência, após assistir uma palestra de psicólogas que trabalhavam auxiliando famílias. Tocada pela beleza e pelo amor do trabalho daquelas mulheres, não tive mais dúvida quanto ao que eu ia escolher para prestar vestibular.
Na Universidade, me deparei com a crise de paradigmas no meio científico e me identifiquei com as abordagens psicológicas menos deterministas e mais integrativas. Descobri que existem várias psicologias dentro da Psicologia, e que essa diversidade se complementa ou se excluí, depende de como cada profissional encara a clínica. Eu tenho optado por não me fechar em nenhuma abordagem de forma exclusiva, vejo o trabalho clínico como um trabalho de restauração das imagens internas inconscientes e há várias ferramentas que podem auxiliar nesse processo. Quanto mais o profissional clínico estiver aberto a estudar e se capacitar, mais terá recursos para atender as demandas de seus clientes.


Atualmente você faz duas formações. Fala sobre cada uma delas e como elas vêm a somar ao teu trabalho.

A constelação familiar, de Bert Hellinger, traz a visão sistêmica do indivíduo no seu sistema familiar. Aqui se pode trazer à luz a ação de forças ocultas que agem sobre nós, interrompendo o fluxo do amor em nossas vidas. Quando se abre o campo do sistema de uma pessoa é possível promover a cura no individuo, e todos os envolvidos no sistema, direta ou indiretamente, são afetados. São camadas que limpamos, canais que desobstruímos, imagens do inconsciente que são consteladas em novas configurações, e que passam a ter efeito direto e gradual de mudança em nossos padrões de comportamento e relacionamento. Parece incrível, mas acontece que por amor e lealdade ao grupo familiar, de forma muito inconsciente, assumimos sintomas e lugares que não são os nossos legítimos lugares, gerando desequilíbrio e sofrimento.

A Arteterapia também trabalha com as nossas imagens internas. Através dos diversos materiais expressivos é possível plasmar símbolos. A simples expressão dessas imagens é, em si mesma, uma experiência reparadora. Dentro de um contexto clínico, temos a possibilidade de trabalhar com os desdobramentos das imagens criadas, podendo fazer amplificações simbólicas. Nesse processo o cliente vai tecendo sentido com o auxílio do arteterapeuta, ganhando autoconhecimento e empoderamento de si.

Também tem a Contação de Histórias, um curso que venho fazendo no Gerar, ministrado pela terapeuta Magdalene Negromonte. A contação de história é mais um recurso terapêutico, ela permite a ativação de arquétipos, a conexão com os mitos, o encontro com o mito pessoal, a identificação com personagens auxiliando na constituição do eu, além de alimentar a criatividade, o imaginário e a fantasia.


Como você conheceu o Gerar e como está sendo trabalhar aqui?

Conheci o Gerar através do Reiki Solidário, e no Gerar reencontrei velhas amigas, fiz novas amizades e parcerias. Sinto-me feliz e grata por estar crescendo junto com essa casa, recheada de profissionais de diversas abordagens, todos voltados para a promoção de saúde, cuidado e amor.”


O que mais deseja compartilhar?
Para saber mais sobre Constelações Familiares recomendo o livro: “A Simetria Oculta do Amor” (Bert Hellinger, Ed. Cultrix), e também o site: http://www.institutohellinger.com.br/ Sobre Arteterapia, os sites: http://www.arteterapia.org.br/ e o http://www.arteeterapia.com.br/